O tempo não é relativo?
"Quero voltar para os braços", desculpe mãe não são para os teus, hoje não!
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O tempo e as datas permitem medir o caos da
realidade e daquilo que acontece.
Como serÃamos nós sem horas, sem presente,
sem amanhã que se vive em 24 horas?
Porque o sol ou a falta dele faz daquilo
que existe, aquilo que existe?
Somos reféns do tempo medido, cronometrado,
avaliado, comprado, oferecido.
O tempo deixa-nos ansiosos, frustrados,
esperançosos, sorridentes, perdidos.
E enquanto isso a ampulheta despeja
docemente a ritmada areia.
E o ano passou, chegou ao fim para iniciar
novamente.
A meia-noite de 30 é completamente distinta
da de 31.
Numa sociedade cada vez mais céptica ao
InstituÃdo,
Vestimos as cuecas com a intenção clara da
sorte que teima em chegar,
O emprego que não aparece, o amor que não
desenvolve, a beleza que já teve melhores dias.
E abre-se a champanhe com umas uvas que
passam a raspar pela garganta.
E nem sempre são doze nem são uvas. Quem
não caça com cão caça com gato.
Desculpem PAN por aproveitamento da imagem
do animal.
Ou da animal a fim de que exista igualdade
de género.
O patriarcado minou-se-me a linguagem
aparentemente poética.
Mas que barulheira isto de escrever dá!
Sou um eterno (des)organizado em letras
conjugadas em palavras que possam fazer sentido.
E que despertem qual Réveillon regado de
purpurinas.
Fim de ciclo, nas entrelinhas sorrio, com espÃritos
animadores da hipocrisia do que se vive.
E ajeito a gravata senão a foto não invejará
as redes de pessoas sociais que gosto tão pouco.
Um bom ano. Abraço que de tanto apertar as
costas fazem “trec”.
Diogo Soares
P.S. Não sei usar as vÃrgulas nem conjugar os verbos: objetivo 2019.